Projeto «Ciência na Escola» 15ª edição - 7º ano B

A ciência na escola ao serviço do desenvolvimento e da humanização

Turma 7º B - 4º Escalão

PROJETO: Lanterna Verde - a bactéria biossensor para detetar contaminação ambiental

 

Este projeto foi desenvolvido pelos alunos da turma 7ºB em parceria com a Universidade de Coimbra, Laboratório de Microbiologia contando com os Investigadores: Professora Doutora Paula Vasconcelos Morais, Drª Mariana Cruz Almeida e Dr Diogo Neves Proença, da FCTUC, Departamento Ciências da Vida; do CST, profª Alice Rocha como coordenadora.

A formação em Ciências Naturais visa despertar nos alunos a curiosidade acerca do mundo natural e o interesse pela ciência, desenvolver uma compreensão abrangente da Terra e da Vida, dos procedimentos da investigação científica e ainda questionar o comportamento humano perante o mundo e o impacto da ciência e da tecnologia no ambiente. Neste contexto, foi com muito agrado e verdadeiro entusiasmo que aceitamos o desafio de corresponder à temática proposta pela 15ª edição Prémio Fundação Ilídio Pinho e pusemos mãos à obra concorrendo com este projeto.

A contaminação do meio ambiente com metais aumentou drasticamente durante o último século devido a intensas atividades antropogénicas e ao aumento da necessidade destes. Os solos são o principal concentrador dos metais libertados para o meio ambiente e, ao contrário dos contaminantes orgânicos, estes não sofrem degradação microbiana ou química. As estratégias de remediação ambiental que se centram na redução da biodisponibilidade dos metais no ambiente são somente aceites se demonstradas serem estáveis a longo prazo.

Neste trabalho construímos um modelo de contaminação ambiental por crómio e avaliamos o processo de biorremediação natural utilizando um biossensor desenvolvido na Universidade de Coimbra, o "Lanterna Verde". 

O uso de biossensores bacterianos permite determinações sensíveis do contaminante biodisponível, sem equipamentos caros, treino especializado ou o uso de reagentes químicos. Assim, existe uma necessidade de mercado para biossensores como um método mais seguro e ambientalmente correto para a quantificação de cromato. Refira-se que o biossensor teve um prémio INOV-C e espera-se que possa ser utilizado por empresas no futuro, para monitorização ambiental.

Aos alunos do 7ºB dedicados e responsáveis em todas as tarefas delineadas, o desenvolvimento deste projeto  permitiu alargar os horizontes da aprendizagem, possibilitou não só o acesso aos produtos da Ciência mas também aos seus processos, compreender os seus limites e potencialidades e entender as suas aplicações tecnológicas na sociedade: tornou acessível o estudo experimental da Ciência, a aquisição de destrezas experimentais, tendo em vista a valorização do método científico e o estudo da Ciência e das Tecnologias. Simultaneamente, possibilitou a compreensão prática de que estas dimensões se podem encontrar, criativamente, para gerar respostas eficazes e necessárias, ao alcance de todos o que se empenham, a problemas de sustentabilidade global. Com o percurso realizado todos os alunos da turma contactaram com o “fazer ciência”, compreendendo, a partir de um problema concreto, a relação entre a Ciência, a Sociedade e as Tecnologias ao serviço de uma maior qualidade de vida, isto é, ao serviço do desenvolvimento e da humanização. Valeu a pena!


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