Uma aula de Biologia na Serra da Freita

No dia três de abril, a aula de Geologia do 10º e 11º foi na Serra da Freita! Que lugar fantástico e que bom tempo esteve! Encontramos lá vários tesouros, pistas, que nos permitem compreender o passado geológico desta região. Fomos conhecer a Frecha da Mizarela, uma queda de água com cerca de 70 metros de altura, onde o rio Caima deixa de circular nos granitos, para passar a circular nos xistos, mais facilmente erodidos. Fomos conhecer o campo de dobras da Castanheira, onde as rochas, estando num regime dúctil, quando sujeitas a forças compressivas, dobraram. É uma delícia olhar para essas dobras e imaginar as forças que as produziram. Depois, fomos conhecer o afloramento de um tipo de granito único no mundo, o granito nodular da Castanheira. Sim, Portugal tem tesouros fantásticos!

Certamente o termo “Pedras parideiras” não é novo! Não sendo um ser vivo, é lógico que o granito não “pariu”, mas os seus nódulos de biotite, com as diferenças de temperatura que se fazem sentir na Serra, assim como através de fenómenos de crioclastia, acabam por se destacar da rocha. Depois, na parte da tarde, fomos para o outro lado da Serra. Passámos em Canelas, onde foram encontrados fósseis de trilobites, o que significa que nesse local, no passado geológico, já existiu um oceano, onde se reuniram as condições ideais para a formação de rochas sedimentares, como arenitos, argilitos… Com o fecho deste oceano, estas rochas sedimentares transformaram-se em metamórficas, originando os quartzitos, os xistos…

Para finalizar, fomos observar a Falha da Espiunca, bem pertinho da entrada nos Passadiços do Paiva, que, por falta de tempo, não pudemos explorar como inicialmente previsto. Mas foi aberto o apetite para voltar, desta vez com a família! Sim, porque com o bom tempo, ficar em casa não será opção!!! Há tanto para conhecer e compreender neste nosso belo país! Bons trilhos!


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