Comemorações do Dia de São Teotónio

O Colégio S. Teotónio recorreu à banca para pagar os salários de Janeiro aos funcionários e prevê que neste mês de Fevereiro terá, novamente, de pedir um empréstimo, já que o director da instituição insiste em não assinar a adenda dos contratos de associação com o Ministério da Educação, que efectiva o corte de 30% no financiamento.
Manuel Carvalheiro Dias lembra que está em vigor um acordo, cuja revogação não é unilateral, como tal, equaciona recorrer aos tribunais, caso o ministério de Isabel Alçada mantenha o «incumprimento» nos pagamentos. «Ninguém me obriga a assinar um acordo com o qual não concordo», reforçou o director, criticando a cedência da Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AEEPC), relativamente ao financiamento.
Com a reorganização da rede a indicar o corte de apoio para as 15 turmas com contrato de associação, ainda que de forma gradual, Manuel Carvalheiro Dias não quer falar em encerramento do colégio, nem de despedimentos, no entanto, a partir do próximo ano, será inevitável que os alunos comecem a pagar uma propina, cujo valor ainda está a ser estudado. 
Fundado em 1963, o Colégio S. Teotónio assinou o primeiro contrato de associação com o Ministério da Educação em 1996 e, actualmente, são perto de 400 os alunos a beneficiar do ensino gratuito. Agora, o que o Governo sugere é distribuição destes alunos pela rede pública, com Manuel Carvalheiro Dias a garantir que o argumento de que há várias escolas do Estado na zona em que o colégio está implantado não pode ser válido, já que as que existem «estão sobrelotadas ou quase». Seja como for, o colégio assinalou o Dia do Padroeiro, com um dia repleto de actividades, que teve início com uma eucaristia e que prosseguiu com a realização de iniciativas culturais e desportivas e ainda conferências, dirigidas a alunos. Apesar das preocupações com o financiamento, o dia foi de festa, o tema “contratos de associação” ficou de fora, garantiu o director. «A escola é muito mais», concluiu.